Carregado,
o horizonte adivinha tempestade. Eminente. Ao longe, raia-se electricidade.
Cruzes no céu. A intermitência do ribombar ecoa. As telhas tremem. O peito não
cabe no corpo e a testa na vidraça vinca suspeitas de terror: os camiões
sucedem-se (dezenas), a poeira eleva-se, generaliza-se. Não se respira. O
urânio mata.
Foto
e texto de Zélia in http://hortasimples.blogspot.com