Nisa. Fim de tarde de um dia de Maio - Dia Internacional dos Museus. O centro que já foi histórico, mostra evidentes sinais de decadência e abandono. Há muito que não há ali investimento, intervenções de fundo capazes de alterarem a "fisionomia" das casas, das ruas e dos largos.Aqui e ali vão aparecendo algumas pessoas idosas que resistiram e foram ficando nos edifícios degradados onde um dia, na lonjura do tempo, construíram os seus lares e tiveram os seus filhos e cadilhos...
A "vila" está quase deserta: casas fechadas, outras em ruínas e a ameaçarem derrocada, portas tapadas a tijolo e cimento, recheadas de lixo, dejectos e bicharada, constituem a negação da placa que na Porta da Vila anuncia o Centro Histórico.
O centro, a bastide, a Vila, espera voltar a fazer História, se os homens que fazem promessas em tempo de eleições, transformarem a retórica em acções concretas. Os planos e processo burocráticos complexos em procedimentos simples e exequíveis. A informação, o esclarecimento e a disponibilização de técnicos, como método de trabalho e de acção em tempo útil.
O Centro Histórico tem, ainda, uma réstia de esperança.
Esperemos que não a matem, de vez!